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Equilíbrio, um fator decisivo para o serviço cristão (Parte 3)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008


O perigo do liberalismo.

Chegamos a um ponto muito importante dessa série de artigos sobre equilíbrio que não acaba aqui já que esse é um assunto muito amplo. Falarei agora sobre a chamada onda do "não tem nada a ver!". Por favor, não me chamem de saudosista, eu entendo que não podemos viver do passado e sei que ainda existam sete mil que não se prostraram diante de Baal (1 Rs 19.18), mas já perceberam o quanto a igreja perdeu em qualidade?! Não possuíamos tantos seminários teológicos como hoje, mas o fogo do Espírito Santo ardia nos corações dos crentes de uma forma que não se percebe tão facilmente nos crentes atuais. Como é bom estudar Teologia! Mas como é melhor ainda desfrutar de íntima comunhão com Deus, pois sabemos que não conhecemos tudo ainda (1 Co 13.9-12), mas temos um Deus que é tudo de necessário para uma vida feliz de verdade! Percebeu o fator equilíbrio nesse comentário? Precisamos estudar a Palavra, mas precisamos também orar e jejuar, precisamos viver o sobrenatural do Evangelho, pois Jesus Cristo salva, cura, liberta, batiza com o Espírito Santo e faz muito mais do que pedimos, pensamos e esperamos (Ef 3.20). Estamos nos intelectualizando, mas também estamos perdendo o melhor que há no Evangelho, o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1.16). Terminando o raciocínio, estudar Teologia é bom, melhor ainda é falar em línguas estranhas, operar milagres e maravilhas, expulsar demônios e tudo mais que a Bíblia promete para hoje é melhor ainda, os dois se completam, conhecer e não viver essa verdade é hipocrisia, tentar viver sem conhecer leva-nos ao fanatismo, portanto, vivamos em equilíbrio! Mas porque será que é tão raro hoje vivermos esse evangelho de poder? Não será porque perdemos algo de bom que tínhamos no passado? Como diz minha amada avó: "Tem gente que quando não é oito é oitenta!". Proibíamos tudo, agora estamos liberando tudo. Antes crente não ia à praia, pois seria disciplinado, hoje tem “crente” que não tem vergonha de desfilar na praia quase que totalmente nu, qual a desculpa? “Todo mundo vai à praia desse jeito”, é, mas a Bíblia diz que devemos ser santos em toda a nossa maneira de viver (1 Pe 1.15), isso inclui a maneira como nos vestimos quando vamos à praia, não acha? Acho que alguém vai ler esse comentário e vai exclamar: “Que papo careta!”, é, eu sei, que pena (ou que ótimo?!) que a Bíblia é assim.

A onda agora é ser redondo e tem até pastor (pastor?!) distribuindo preservativos para os jovens com a desculpa de que “é melhor não fazer, mas se fizer, faça com segurança”. “Bons tempos” esses, em que há crentes que não sabem distinguir entre a hora de jogar futebol e a hora de ir ao templo para aprender mais de Deus, adorá-lo e ser usado por Ele através de seus dons! “Bons tempos” esses em que a dança, seja ela “espiritual” ou carnal mesmo, se tornou a hora mais importante do culto, com direito a assobio e tudo mais enquanto que a Palavra tem seus dez minutos com uma pequena pausa para uma piadinha descontraída que faz os crentes rirem, talvez da própria desgraça (Ap 3.17)! Não sou um moralista irmãos (é errado ser moralista?) estou apenas procurando ser o mais bíblico possível.

Bom, não estou aqui aqui para apontar erros, se o fizesse não acabaria nunca de escrever, quero apenas alertá-los de que o reino de Deus é coisa séria, somos, ou pelo menos deveríamos ser, o sal da terra e a luz do mundo (Mt 5.13-16) e não dá pra brincarmos de ser crentes! Deus quer levantar uma igreja influenciadora e não uma que é influenciada; Uma igreja que arrebenta as portas do inferno e não uma que escancara as suas portas para o mesmo (Mt 16.18). Precisamos ser menos golpel e mais crentes, crentes no sentido bíblico e não nesse sentido vulgar que se adotou de uns tempos para cá. Limites são imprescindíveis para a saúde espiritual de uma igreja, proibições são necessárias, desde que fique bem claro que o que salva não é a obediência a regras, mas sim a graça de Cristo que nos ensinou a carregarmos uma cruz e que deveríamos tomar sobre nós o seu jugo que é suave e seu fardo que é leve, mas que continuam sendo um jugo e um fardo, ou seja, uma vida limitada pela vontade do Senhor, pois somos os seus servos (Mt 10.38; 11.29,30) e uma vida de luta e muitas vezes de dor, pois os servos do senhor passam por asflições (Jo 16.33).

Irmãos, devemos voltar às nossas raízes, mas sem cometermos os erros do passado, não precisamos de revolução, precisamos de renovação, precisamos voltar à primeira caridade (Ap 2.4,19), sendo crentes equilibrados tenho certeza que Deus continuará operando poderosamente em nossa vida!

Na próxima postagem falarei sobro o equilíbrio no uso dos dons do Espírito.

Clébio Lima de Freitas
Fortaleza, Ceará, Brazil
Servo do Senhor Jesus e anunciador de Sua Palavra. Bacharelando em Ciência da Computação e Teologia. Membro da Assembléia de Deus Templo Central no Bairro do Itapery - Fortaleza/CE.

ESCOLA DOMINICAL CONVENCIONAL x A NOVA ESCOLA DOMINICAL


Instituições e pessoas que não se adequam às novas realidades, acabam ficando obsoletas e ultrapassadas. Isto não é diferente em se tratando de Escola Dominical. Contextualizar-se sem secularizar-se é fator vital para uma organização de ensino que espera continuar relevante em pleno século XXI. Dois tipos de Escolas Dominicais co-existem atualmente: A Escola Dominical convencional e a Nova Escola Dominical.

Observemos as principais diferenças entre esses dois tipos de escolas:

- ED CONVENCIONAL: O Dirigente/Superintendente decide só. Prevalece o autoritarismo.
- A NOVA ED: As decisões são feitas em conjunto com membros da liderança, corpo docente e discente.

- ED CONVENCIONAL: Só funciona aos Domingos pela manhã.
- A NOVA ED: Ajusta-se às peculiaridades de cada região e localidade.

- ED CONVENCIONAL: Não se admite outro espaço para funcionamento, a não ser o templo.
- A NOVA ED: Admite outras possibilidades de espaços físicos (escolas, associações, etc.) mais adequados.

- ED CONVENCIONAL: Se conforma com dirigentes e professores ultrapassados, descontextualizados e fossilizados.
- A NOVA ED: Investe e incentiva a formação inicial e continuada da liderança e dos professores.

- ED CONVENCIONAL: Os professores são os donos da verdade e detentores do conhecimento.
- A NOVA ED: Professores e alunos participam na busca pela verdade e na construção do conhecimento.

- ED CONVENCIONAL: Os alunos aprendem em silêncio.
- A NOVA ED: Os alunos participam ativamente das aulas.

- ED CONVENCIONAL: A tradição e os costumes estão acima da Bíblia.
- A NOVA ED: A Bíblia é a palavra final acerca de tradição e costumes.

- ED CONVENCIONAL: É mera reprodutora de doutrinas, conhecimentos, saberes e informações.
- A NOVA ED: Adota e promove uma atitute crítico-reflexiva sobre doutrinas, conhecimentos, saberes e informações.

- ED CONVENCIONAL: O relacionamento entre professor e aluno é formal.
- A NOVA ED: A amizade e a afetivadade na relação entre professor e aluno é valorizada.

- ED CONVENCIONAL: Preocupa-se apenas com a vida dos alunos em sala de aula.
- A NOVA ED: Procura conhecer e preocupa-se com a realidade familiar, social, etc. de seus alunos.

- ED CONVENCIONAL: Trata as crianças como pequenos adultos.
- A NOVA ED: As características de cada faixa etária infantil são conhecidas e respeitadas pelos professores.

- ED CONVENCIONAL: Exige dos alunos sem considerar as suas diferenças pessoais.
- A NOVA ED: Respeita plenamente as diferenças de assimilação de conteúdos entre os alunos.

- ED CONVENCIONAL: As aulas e demais atividades pedagógicas são improvisadas.
- A NOVA ED: Todas atividades são devidamente planejadas.

- ED CONVENCIONAL: Utiliza de forma demasiada e cansativa o método de ensino expositivo.
- A NOVA ED: Os professores diversificam os métodos de ensino e dinamizam as aulas.

- ED CONVENCIONAL: Negligencia a utilização dos recursos didáticos.
- A NOVA ED: Valoriza e incentiva a utilização dos recursos didáticos.

- ED CONVENCIONAL: Enfatiza a quantidade de saberes adquiridos pelos alunos.
- A NOVA ED: O progresso integral do alunos é enfatizado (saber, ser, fazer, relacionar-se)

- ED CONVENCIONAL: Ignora as Novas Tecnologias de Informação (NTI)
- A NOVA ED: Promove um maior contato de dirigentes, professores e alunos com as NTI (estimulam o acesso e a criação de sites, blogs, orkut, MSN , etc) sempre buscando enriquecer o processo ensino-aprendizagem.

- ED CONVENCIONAL: Coloca toda responsabilidade do processo ensino-aprendizagem no Espírito Santo.
- A NOVA ED: Entende que o Espírito Santo é um ajudador no processo ensino-aprendizagem.

- ED CONVENCIONAL: Está com os dias contados.
- A NOVA ED: Encontra-se em pleno crescimento.

Qual o perfil da Escola Dominical que você dirige, ensina ou estuda? É do tipo "convencional", ou está adequada às demandas e desafios dos

DANÇAR NO CULTO É PECADO?



A Revista Enfoque Gospel, na edição 84 de Jul/2008, publicou uma matéria intitulada EVANGÉLICOS E A DANÇA: PODE OU NÃO PODE?, onde consta a opinião de pastores, de músicos e de uma coordenadora de Ministério de Danças.
"dançar é: “movimentar o corpo em certo ritmo geralmente seguido de música. Ir de um lado para outro, balançar” (Enfoque)

O fato é que nas igrejas evangélicas (incluindo nas Assembléias de Deus), há pelo menos quatro posicionamentos sobre o assunto:

1. Os que abominam radicalmente a idéia da dança no culto;

2. Os que ficam em cima do muro e chamam de "grupo de gesto" ou "grupo de coreografia" (uma questão de semântica) o que na verdade é grupo de dança (só não enxerga quem não quer). Batem palmas, batem o pé, levantam as mãos, balançam discretamente o corpo, mas não "dançam";

3. Os que entendem que a dança, dependendo do contexto cultural, da sinceridade e da espiritualidade do cristão pode fazer parte do culto (por exemplo nas igrejas Africanas, comunidades indígenas, contextos culturais brasileiros etc), desde que não promova escândalo, visto que espírito, alma e corpo fazem parte da adoração a Deus;

4. Os que liberaram geral e transformaram o culto em balada, baile funk, forró pé de serra, apresentação teatral etc.;

Faço parte do terceiro grupo. Já ouvi e li muitos argumentos aprovando ou reprovando a dança no culto, a grande maioria baseados naquela velha questão: se a Bíblia não reprova então pode, ou ainda, se a Bíblia não aprova então não pode (ambos fundamentados no silêncio da Bíblia sobre o assunto, em especial no Novo Testamento).

Respeito as opiniões contrárias, esta é a minha, e creio que é centrada num entendimento equilibrado dos princípios bíblicos que norteiam a adoração em espírito e em verdade.

"Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade." (Jo 4.23-24)
Postado por;
ALTAIR GERMANO,
42, pastor, teólogo, pedagogo, casado com Elizabeth, pai de Alvaro e Paulo. Presidente do Diretório Estadual da Sociedade Bíblica do Brasil em PE, membro do Conselho Consultivo e do Comitê Nacional de referência e apoio ao Ano da Bíblia da Sociedade Bíblica do Brasil, secretário do Conselho de Educação e Cultura Religiosa da CGADB, presidente do Conselho de Doutrina da UMADENE, superintendente geral da EBD da AD em Abreu e Lima - PE, capelão e professor da FATEADAL.

Ansiedade: uma visão teológica

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


Vincent van Gogh

Introdução

Embora a ansiedade seja um sentimento próprio e comum ao homem, Deus não o criou para viver ansioso. O Senhor o fez perfeito, justo e bom. Criado à imagem de Deus, o homem desfrutava de completa harmonia orgânica, mental, espiritual e sentimental. Ele era completo. A natureza do homem refletia à imagem moral e natural do Senhor. A imagem moral diz respeito aos atributos morais (amor, justiça, verdade, bondade, etc), enquanto a natural aos atributos da personalidade e natureza humana (livre-arbítrio, razão, emoção, etc). O equilíbrio entre a imagem moral e natural era a razão da felicidade, saúde, paz e quietude humana. Nem mesmo as obrigações do homem no jardim do Éden ("lavrar" e "guardar") roubavam-lhe a serenidade, pois tudo estava em completa harmonia e integridade. Porém, com a Queda, as imagens natural e moral sofreram profundas mudanças, decorrentes da desobediência do primeiro casal. A harmonia entre espírito, alma e corpo foi terrivelmente afetada. Os desejos do homem opuseram-se à sua vontade. O conflito se estabeleceu; o pecado dominou; e o homem passaria a comer "no suor do teu rosto" (Gn 3.19). Por conseguinte, a ansiedade e os cuidados com a vida humana tornaram-se parceiras indissociáveis do labor humano. A aflição, angústia, e fobia acompanharam, desde então, as realizações humanas. Ainda hoje a natureza humana é estigmatizada por esses dolorosos sentimentos.

Definição

A ansiedade é um estado emocional mórbido, doloroso, marcado por inquietude, medo e perturbação do sistema nervoso central. É um mal-estar físico e psíquico que aflige e afeta as emoções humanas provocando inquietude, preocupação, algumas vezes, indevida. A ansiedade manifesta-se diante de várias situações, entre elas: de um perigo real ou presumido; expectativa; entrevista de emprego; grandes decisões; sentimento de incapacidade, entre outras. Vejamos dois tipos básicos de ansiedade: natural e crônica.

a) Ansiedade natural: Este tipo de ansiedade está intrinsecamente relacionado à natureza humana. Certo grau de ansiedade ajuda o indivíduo a se preparar para certos desafios. Essa ansiedade se caracteriza por um sentimento positivo de preocupação advindo das prementes responsabilidades do indivíduo.

b) Ansiedade crônica: Esta forma de ansiedade é doentia, crônica e responsável pelo mal-estar físico e psíquico do indivíduo. Apresenta diversas reações orgânicas, como a sudorese, fadiga, cefaléia, taquicardia, nervosismo. Como doença emocional, manifesta-se: a fobia, a insônia, o estresse, a confusão mental, a inquietude, entre outros. Mesmo na vida teologal, a ansiedade crônica é um estorvo, pois os sintomas emocionais e físicos, de uma forma ou de outra, afetam a vida espiritual do crente. Entre os sintomas teologais, podemos destacar: dificuldade de meditar na Palavra de Deus, fruto da inquietude; fé vacilante, etc.

Visão Teológica da Ansiedade

Como afirmamos na introdução, Deus criou o homem perfeito. A ansiedade crônica, teologicamente considerada, é fruto do pecado. A desobediência dos nossos primeiros pais afetou a harmonia entre espírito, alma e corpo. A ansiedade não é uma doença do corpo, mas da alma que almeja, que sente, que ama, que teme. É a condição humana após a Queda. Algumas vezes, a ansiedade crônica é acompanhada de um grau de culpa, como por exemplo, a dos irmãos de José, em Gn 42.21. O substantivo hebraico tsar, traduzido pela ARA por "ansiedade", é usado em diversos contextos, mas em Gn 42.21, refere-se a angústia, aflição e ansiedade advindas da culpa, da consciência perturbada pelo erro, pelo pecado. Neste aspecto, temos a ansiedade como produto da culpa, do erro, do pecado. Um outro vocábulo que descreve esse tipo de doença, que agora não aparece mais como sendo do corpo ou da alma, mas do espírito, note bem "do espírito", é mōrek. Este termo aparece em Lv 26.36 no contexto em que Deus "põe sua face contra os judeus" (v.17). O vocábulo significa fraqueza, e procede de uma raiz cujo sentido é "mole", "suave" ou "macio". O castigo divino sobre o povo seria o de "amolecer-lhe" o coração diante dos inimigos de tal forma que teriam fobia do barulho de uma simples folha. A ARA traduz a palavra por "ansiedade", descrevendo o medo incontido oriundo de tal emoção. Os temos que descrevem a ansiedade na Bíblia, principalmente no Antigo Testamento, são vários: Sl 38. 9 ('ănāchâ – gemer, suspirar [ansiedade/ARA]); Pv 12.25 (de'āgâ – apreensão, cautela, medo [ansiedade/ARA]). Basta apenas conferir em uma boa concordância hebraica para encontrar outros sentidos. Um termo grego usado em Mateus 6.25, merimnaō, traduzido por "cuidadoso" (ARC) e "ansioso" (ARA), significa "estar indevidamente preocupado", "ter ansiedade", ou "estar em ansiedade desnecessária". Nos versículos 25-27, Jesus apresenta a inutilidade desta emoção, mas em 28-33 ensina a confiar na graça diária de Deus para a provisão das necessidades e cura da inútil ansiedade.

Nas ciências que estudam a psique humana é comum atribuir uma relação de afinidade e relação de causa e efeito entre a alma e o corpo, orgânico e psíquico, chamado de psicossomático (psychē [mente, alma], sōma [corpo; físico]). Esta relação já demonstrou-se incontestável. Todavia, teologicamente, a Bíblia reconhece, mas não se limita à relação entre o orgânico e o psíquico, entre a psychē e a sōma, pelo contrário, avança. No episódio de 1 Samuel 16.14-23, naturalmente, a psicologia moderna apontaria Saul como um maníaco-depressivo-criminógeno, e na verdade o era. Contudo, as causas de sua doença não são resultados apenas dos aspectos orgânicos e psíquicos, mas espirituais.

Teologicamente considerada, a doença de Saul era de origem espiritual; para usar um neologismo, não era apenas psicossomática, mas pneumatosomapsicológica (pneuma/espírito; sōma/corpo; psychē/alma). Os problemas orgânicos e psíquicos eram procedentes de "espíritos" que o atormentavam, refletindo sobre todo o ser do rei Saul. A experiência cristã tem confirmado sobejamente esta constatação.

Ansiedade: uma meditação

O melhor e mais eficaz antídoto contra a ansiedade é a confiança inabalável nas palavras de nosso Senhor Jesus. Ele ordenou: "Não vos inquieteis". A gélida lágrima e o frio soturno da desesperança se dissiparam ante o sussurro da fé de Ana (1 Sm 1.10,13,15). Enquanto orava, o Espírito a confortava: "Não vos inquieteis" (Rm 8.26). A latente dor de Ana era manifestada apenas no altar da oração, refúgio dos oprimidos e ansiosos (Ap 8.3,4). Ela perseverava diante de Deus, mesmo quando as lágrimas e os verbos lhe faltaram (Cl 4.2). O cicio melancólico foi rompido e vencido pela convicção interna de que Deus a ouvira (1 Sm 1.18,19). "Não vos inquieteis"! O mesmo Deus que socorreu e confortou a Ana é o mesmo que o toma pela mão direita e diz: "Não vos inquieteis"! (Sl 73.23).
Esdras Costa Bentho
(RJ-Brasil)
é paraibano, casado com Ana Paula, e pai de Esdras Júnior e Philipe Bentho. É pedagogo, teólogo, escritor e redator das Lições de Jovens e Adultos da CPAD.